A doença de Alzheimer se caracteriza pela deterioração das habilidades cognitivas da pessoa, assim como da memória. Isso acontece devido ao acúmulo de determinadas proteínas no cérebro, causando toxicidade e a perda de neurônios.
Só no Brasil, 1,2 milhão de pessoas convivem com esse transtorno neurodegenerativo. Além disso, 100 mil novos casos são diagnosticados todos os anos, o que acende um sinal de alerta para a necessidade de compreender melhor esse problema para que ele receba a devida atenção.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo para explicar mais a fundo o que é Alzheimer, quais são os sintomas dessa doença crônica, suas causas, formas de tratamento e de prevenção. Acompanhe.
O que é Alzheimer?
A doença de Alzheimer, antes chamada de Mal de Alzheimer, é um transtorno neurodegenerativo que compromete as habilidades cognitivas e a memória da pessoa. Os prejuízos ocorrem de forma progressiva, afetando também as atividades rotineiras, além de desencadear uma grande variedade de sintomas neuropsíquicos e causar alterações no comportamento e na personalidade.
Essa doença tende a se manifestar a partir dos 65 anos de idade. No entanto, trata-se de um processo diferente do envelhecimento natural das células. Isso porque no Alzheimer ocorre a perda de neurônios em decorrência de um processamento inadequado de proteínas, o que provoca alterações na estrutura cerebral.
Sintomas do Alzheimer
O sintoma que mais caracteriza a doença de Alzheimer é a perda da memória recente. Essa alteração é percebida no estágio inicial da doença, mas conforme ela progride surgem outros sintomas de maior intensidade e gravidade que exigem cuidados, como:
- falhas na linguagem;
- irritabilidade;
- dificuldade de atenção;
- dificuldade para aprender informações novas;
- dificuldade para utilizar objetos comuns do dia a dia;
- desorientação, mesmo em locais familiares;
- falta de motivação;
- mudanças de humor;
- retraimento social;
- apatia;
Diagnóstico do Alzheimer
Não existe um exame específico para diagnosticar o problema. O médico analisa os sintomas relatados pelos familiares, assim como faz uma entrevista com a própria pessoa para identificar possíveis sinais de Alzheimer.
De toda forma, podem ser realizados exames laboratoriais e de imagem com o objetivo de excluir outras condições clínicas. Também pode ser feita a avaliação das funções cognitivas para confirmação do diagnóstico.
Qual especialista diagnostica o Alzheimer?
Como você viu, a doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo. Sendo assim, quando há suspeita do quadro, é interessante procurar por um médico neurologista para fazer uma consulta.
Contudo, o diagnóstico também pode ser dado por um psiquiatra especialista em geriatria. Seja qual for a especialidade, é fundamental que o médico tenha experiência em lidar com casos como esse, já que não existem exames específicos. Então, é necessário fazer uma análise muito precisa dos sintomas para emitir um diagnóstico correto.
Sintomas do Alzheimer
Ainda não se sabe a causa exata do desenvolvimento da doença de Alzheimer. Porém, é possível perceber alterações na estrutura cerebral causadas pelo acúmulo de proteínas, além da formação de emaranhados neurofibrilares que comprometem o funcionamento adequado do cérebro.
Há uma redução da quantidade de neurônios e das ligações entre células nervosas. Uma das áreas mais prejudicadas é o hipocampo, justamente aquela relacionada com o aprendizado e a memória.
Atualmente, os especialistas têm trabalhado com o fator genético como sendo um facilitador para o desenvolvimento de Alzheimer. De toda forma, existem ainda outros fatores de risco, como sedentarismo, hipertensão, diabetes e tabagismo.
Fases do Alzheimer
É importante ressaltar que a doença de Alzheimer começa a se manifestar de maneira sutil e evolui com o passar do tempo. A partir do diagnóstico, a sobrevida média dos pacientes é de cerca de 8 a 10 anos. Nesse período, o quadro se divide em quatro estágios.
Estágio 1: é a forma inicial do Alzheimer. Ocorrem mudanças na personalidade, alterações na memória, nas habilidades espaciais e visuais.
Estágio 2: caracteriza a forma moderada da doença, em que há agitação, insônia, dificuldade para coordenar movimentos, realizar tarefas simples e para falar.
Estágio 3: aqui temos uma forma mais grave de Alzheimer. A pessoa apresenta uma deficiência motora progressiva, tem dificuldade para se alimentar sozinha, resistência para realizar tarefas diárias e sofre de incontinência urinária e fecal.
Estágio 4: é a fase terminal da doença de Alzheimer, em que o paciente já fica restrito ao leito, não se comunica, tem infecções intercorrentes e dor na hora de engolir.
Alzheimer tem cura?
Até o momento, não existe cura para a doença de Alzheimer. Por isso, é um transtorno neurodegenerativo fatal que evolui até que a pessoa fique restrita ao leito.
Entretanto, estudos vêm sendo conduzidos com o objetivo de buscar uma cura para o Alzheimer, ou opções de tratamento mais eficazes, que possam pelo menos manter a doença sob controle.
Além disso, são realizadas diferentes ações para apoiar a pessoa doente, os familiares e cuidadores. Inclusive, o Brasil agora tem uma política nacional para Alzheimer e outras demências, que tem por objetivo ampliar o acesso a serviços para proporcionar qualidade de vida para o paciente, reduzindo o isolamento social e o estigma relacionado à doença.
Alzheimer é hereditário?
A doença de Alzheimer não é necessariamente hereditária. O que acontece é que o risco de desenvolvimento dela é maior quando existem casos na família. Isso porque algumas alterações genéticas podem ser herdadas e favorecer a manifestação do problema.
Mas a genética não é a responsável por isso. Afinal, é necessário um conjunto de fatores para que essa condição se manifeste. Os genes apenas aumentam a sustentabilidade.
Como é feito o tratamento para Alzheimer?
Uma vez que a doença de Alzheimer não tem cura, o tratamento é realizado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente. Como o problema provoca várias alterações cognitivas e comportamentais, diversos cuidados são adotados para manter o bem-estar e a autonomia por mais tempo.
Assim, existe o envolvimento da família e dos cuidadores em conjunto com uma equipe composta por médicos, fisioterapeuta, nutricionista e terapeuta ocupacional, por exemplo. Assim é possível manter a saúde mental e física da pessoa com Alzheimer, exercitar a cognição dela, sua memória e trabalhar aspectos físicos para superar as dificuldades de movimento.
Medicamentos para Alzheimer
A medicação é a base para fazer o tratamento da doença de Alzheimer. Isso porque a substância ajuda a controlar os sintomas e reduzir a evolução do problema para estabilizar o comprometimento cognitivo, mantendo o padrão de comportamento e possibilitando a realização de atividades diárias.
Existem diferentes substâncias que podem ser utilizadas para tratar a doença de Alzheimer. O médico faz a prescrição conforme a necessidade de cada caso, considerando possíveis efeitos adversos. Podem ser usados medicamentos como galantamina, rivastigmina; donepezila e memantina.
As medicações também podem ser utilizadas para tratar outras condições que se associam ao Alzheimer. É o caso da depressão, muito comum em casos de demência, mas difícil de diagnosticar pela dificuldade que a pessoa tem de expressar seus sentimentos e emoções.
Como prevenir o Alzheimer?
Ainda não foi encontrada uma forma específica de prevenção da doença de Alzheimer. Mesmo assim, os especialistas recomendam manter a mente ativa, a vida social e um estilo de vida saudável para retardar a manifestação da doença ou até mesmo inibir o processo.
Portanto, são recomendadas medidas como:
- estudos e leitura;
- reflexões;
- exercícios de aritmética;
- jogos de lógica;
- atividades físicas regulares;
- alimentação saudável;
- atividades em grupo.
Também é importante evitar o tabagismo e não consumir bebidas alcoólicas. Outro detalhe é com relação à vitamina B12, já que ela é fundamental para o bom funcionamento da memória, e a deficiência avançada pode causar demência.
É válido ressaltar que a doença de Alzheimer pode ter um diagnóstico tardio porque os sintomas iniciais são associados ao processo de envelhecimento. Então, é importante um olhar mais atento para os idosos e o acompanhamento médico, que permitirá identificar os sinais no começo e realizar o tratamento.
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