Se você costuma acompanhar as notícias relacionadas à saúde integral, provavelmente já sabe que os casos de coqueluche, uma doença respiratória altamente contagiosa, voltaram a crescer no Brasil.
Em 2024, por exemplo, o país registrou um aumento de mais de 1.000% em comparação a 2023, o que trouxe preocupações tanto para a população quanto para a própria comunidade médica.
A fim de ajudar na prevenção, hoje vamos esclarecer como a coqueluche é transmitida, seus principais sintomas e como se proteger da doença!
O que é coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória, de fácil transmissão, que é causada pela bactéria Bordetella Pertussis.
Desde o último pico epidêmico, ocorrido em 2014, a doença foi considerada controlada no Brasil. Mas com o recente aumento no número de casos, ela voltou a ser uma preocupação para a saúde pública.
Principais sintomas
Como a coqueluche afeta, principalmente, o sistema respiratório, seus sintomas são muito parecidos com os da gripe.
Eles incluem:
- Mal-estar geral;
- Espirros e corrimento nasal;
- Tosse seca e contínua;
- Febre
Devido às crises de tosse, o paciente também pode apresentar fadiga.
Os sintomas aparecem em até quanto tempo?
O tempo que leva para os sintomas começarem a aparecer desde o momento da infecção é de, em média, 5 a 10 dias.
Porém, o Ministério da Saúde alerta que o período de incubação pode variar de 4 a 21 dias e, em casos raros, até 42 dias.
Quanto tempo dura a coqueluche?
A evolução da coqueluche se dá em três fases que, juntas, podem durar entre 6 a 10 semanas. São elas:
- Fase inicial: é marcada por sintomas mais leves, como febre baixa, coriza e tosse seca, e dura de 1 a 2 semanas.
- Fase paroxística: é quando a tosse se torna intensa e incontrolável, podendo durar de 2 a 6 semanas.
- Fase de recuperação (convalescença): ocorre quando a tosse começa a diminuir tanto em frequência quanto em intensidade.
Como acontece a transmissão da coqueluche?
Como muitas doenças transmissíveis, a coqueluche geralmente é transmitida por meio do contato com gotículas expelidas por pessoas infectadas, seja ao falar, tossir ou espirrar.
Apesar de menos comum, também é possível que a transmissão ocorra ao entrar em contato com objetos contaminados por essas secreções.
Como é feito o diagnóstico da coqueluche?
A tosse seca e recorrente é um dos principais indicativos da coqueluche. Mas, como ela só surge na segunda fase da doença, nem sempre é fácil diagnosticar a infecção no estágio inicial.
Quando há suspeita, o médico pode solicitar alguns exames específicos para obter a confirmação do caso.
Em geral, o check-up para coqueluche inclu:
- Teste de PCR ou coleta de material de nasofaringe para cultura;
- Hemograma (exame de sangue);
- Raios-X de tórax.
Qual o tratamento para a coqueluche?
Por se tratar de uma doença transmitida por bactéria, seu tratamento consiste principalmente no uso de antibióticos.
Vale lembrar que é fundamental seguir rigorosamente as orientações médicas quanto ao tempo e à dosagem do medicamento.
Afinal, interromper o tratamento antes da hora pode não eliminar completamente a bactéria e ainda contribuir para o desenvolvimento de resistência.
Paralelamente, também recomenda-se o isolamento do paciente a fim de evitar que a doença seja propagada.
Possíveis complicações da coqueluche
Embora a maioria das pessoas se recupere sem grandes problemas, alguns casos podem evoluir para situações mais graves.
Entre as possíveis complicações da coqueluche, estão:
- Hérnias Abdominais;
- Pneumonia;
- Infecções de ouvido;
- Desidratação;
- Parada respiratória;
- Convulsão;
- Lesão cerebral;
Fique de olho: Bebês menores de um ano e indivíduos com condições clínicas pré-existentes que podem ser exacerbadas pela coqueluche são mais suscetíveis a complicações graves e, portanto, requerem atenção médica especial.
Como prevenir?
Um fato importante sobre a coqueluche é que ela pode ser prevenida por meio da vacinação.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina gratuitamente para crianças, gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal.
Como funciona a vacina para a coqueluche
A vacina para coqueluche é indicada para crianças de 6 anos, 11 meses e 29 dias, de acordo com o seguinte esquema:
- Três doses da vacina pentavalente, aplicadas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade;
- Primeiro reforço aos 15 meses de idade;
- Segundo reforço aos 4 anos de idade com a tríplice bacteriana (DTP).
Mulheres gestantes, por sua vez, devem receber uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a cada gestação, a partir da 20ª semana.
Quem já teve coqueluche fica imune à doença?
A imunidade adquirida após contrair coqueluche não é permanente: a tendência é que ela diminua com o tempo, o que pode levar a novas infecções pela bactéria Bordetella Pertussis.
O mesmo ocorre com a vacinação. Conforme informações do Ministério da Saúde, após 5 a 10 anos da última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente.
É por isso que, embora o imunizante não seja oferecido gratuitamente pelo SUS para adultos (exceto gestantes), é recomendável, sempre que possível, realizar um reforço a cada 10 anos em clínicas privadas.
Considerações finais
Como vimos até aqui, a coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, que voltou a causar preocupação no Brasil nos últimos anos.
Mas, felizmente, ela pode ser prevenida de forma eficaz por meio da vacinação.
É sempre válido lembrar que a imunização não apenas protege a pessoa vacinada, mas também contribui para a saúde coletiva, reduzindo a propagação dessa e de outras doenças.
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