A fitoterapia é a prática de utilizar plantas e os extratos delas para prevenir e tratar doenças. Essa é uma técnica milenar que se tornou um dos pilares da medicina tradicional em diferentes culturas ao redor do mundo.
O objetivo é explorar as propriedades naturais das plantas para promover saúde e bem-estar para as pessoas. Como os efeitos colaterais são menos recorrentes, a técnica é considerada mais segura e indicada em todas as idades.
Mesmo assim, é preciso saber como utilizar os fitoterápicos do jeito certo, já que muitas espécies têm contraindicações e certos riscos. Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo e entenda como a fitoterapia funciona, os benefícios que traz, como ela pode ser utilizada no dia a dia, entre outras informações.
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O que é fitoterapia?
A fitoterapia envolve a utilização de partes de plantas, como folhas, flores, raízes e sementes, para fins terapêuticos. As espécies utilizadas contêm compostos ativos naturais que interagem com o organismo humano, proporcionando efeitos benéficos.
Ao contrário dos medicamentos sintéticos, a fitoterapia costuma causar menos efeitos colaterais indesejados. Além disso, a ação das plantas pode ser prolongada no corpo, contribuindo para uma prevenção eficaz de doenças e favorecendo o tratamento de certos problemas de saúde.
A eficácia da fitoterapia já é reconhecida. Tanto que, hoje, ela é uma prática integrativa e complementar do Sistema Único de Saúde (SUS). Inclusive, foram feitos investimentos para expandir o acesso a plantas medicinais e fitoterápicos na rede pública de assistência médica.
Como funciona a fitoterapia?
As plantas não fornecem apenas vitamina para o ser humano. As medicinais são compostas por uma grande variedade de princípios ativos, como flavonoides, terpenos, alcaloides e taninos. O objetivo natural deles é promover o crescimento da planta, auxiliar na defesa dela ou atuar no processo de reprodução.
Porém, quando em contato com o organismo humano, essas substâncias provocam efeitos terapêuticos diversos, sendo:
- antiinflamatórios;
- antioxidantes;
- imunológicos;
- sedativos;
Utilizando técnicas específicas, especialistas extraem os princípios ativos das plantas medicinais com o objetivo de desenvolver produtos e medicamentos fitoterápicos. Eles podem ser manipulados ou industrializados.
Os compostos passam por diferentes processos de ensaio, são analisados e acompanhados por instituições para garantir que o uso seja seguro e adequado, conforme o efeito que podem promover no organismo humano e na saúde mental. Porém, a fitoterapia também oferece opções de uso da planta In Natura, como no preparo de chás.
Quais são os benefícios da fitoterapia?
Um dos maiores benefícios da fitoterapia é o fato de que ela permite o desenvolvimento de diferentes produtos e medicamentos utilizando substâncias de origem vegetal. Assim, os componentes sintéticos são eliminados da fórmula.
Com isso, há menos efeitos colaterais e reações adversas, embora elas também possam acontecer se os medicamentos e as plantas não forem utilizados sob o acompanhamento de um profissional especializado no assunto.
Inclusive, a fitoterapia também apresenta algumas contraindicações. Mas ela tem a vantagem de permitir a manipulação dos compostos para que as doses sejam individualizadas, aumentando, assim, a tolerância.
Outro grande benefício é a ampla variedade de plantas medicinais à disposição. A biodiversidade traz uma série de possibilidades para aplicação da fitoterapia de diferentes formas, contribuindo para o desenvolvimento de diversas ações terapêuticas.
Formas de usar a fitoterapia no dia a dia
A fitoterapia pode ser aplicada de várias formas, dependendo da planta utilizada e do efeito desejado. Confira, a seguir, como ela está disponível para as pessoas.
Chás
Os chás são uma das formas mais tradicionais de utilizar as plantas medicinais. Para preparar um chá, geralmente, é feita a infusão das folhas, flores ou raízes em água quente, mantendo assim por alguns minutos para extrair os compostos. Mas também pode ser aplicada a técnica de decocção. Nesse caso, as partes da planta são adicionadas à água fria, fervendo juntas para preparar a bebida.
Cápsulas ou comprimidos
As cápsulas e os comprimidos são uma opção conveniente para quem deseja um efeito mais concentrado. Os compostos são extraídos da planta e organizados dessa forma para trazer praticidade, ou para evitar o sabor desagradável que alguns têm. Essa forma de uso da fitoterapia é comum para suplementos alimentares e garante uma dosagem precisa dos princípios ativos.
Óleos essenciais e macerados
Os óleos extraídos das plantas são altamente concentrados, por isso, devem ser utilizados com cautela. Eles são usados tanto na aromaterapia, por exemplo, quanto em aplicações tópicas, desde que diluídos corretamente. Já os macerados são preparados deixando a planta em óleo por um período para extrair as propriedades dela.
Pomadas e cremes
Ambos costumam ser indicados para tratar condições de pele, como eczema ou queimaduras. Esses produtos são preparados com extratos das plantas combinados a uma base, como vaselina, lanolina ou óleos vegetais. Assim, é possível obter uma apresentação semissólida para aplicação tópica.
Tinturas
As tinturas são extratos alcoólicos de plantas. Na verdade, elas são mergulhadas em álcool para extrair seus princípios ativos. A substância atua como um conservante natural, assim, temos um extrato bem concentrado e com uma vida útil longa, para usar em doses menores.
Riscos da fitoterapia
Embora a fitoterapia ofereça inúmeros benefícios, ela deve ser pautada em boas práticas e utilizada com cautela. Isso porque, como dito, embora os riscos de efeitos colaterais sejam menores, não significa que eles não existam.
O fato de ser algo natural pode trazer uma sensação maior de segurança para as pessoas, mas os compostos químicos produzidos pelas plantas também podem causar intoxicações, irritações, enjoos, inchaços, entre muitos outros problemas.
Dependendo da planta, ela não pode ser utilizada por pessoas com condições especiais, por exemplo, mulheres gestantes e pacientes cardíacos. Sem falar que para obter o efeito desejado é preciso que a dosagem aplicada esteja correta, uma vez que os excessos podem causar toxicidade.
Existem plantas que também interagem com os medicamentos sintéticos causando efeitos colaterais ou reduzindo a eficácia deles. Assim, a automedicação na fitoterapia não é recomendada, sendo fundamental consultar um especialista.
Algumas plantas usadas na fitoterapia
Cerca de 13.000 plantas são utilizadas como fármacos ou para sintetizar moléculas medicinais. No Brasil, existem cerca de 40 mil espécies vegetais, sendo que uma grande quantidade é considerada pelos povos originários e comunidades tradicionais como plantas com potencial medicinal, mas o conhecimento sobre elas é limitado.
Seja como for, várias plantas são popularmente conhecidas em função das suas propriedades terapêuticas reconhecidas. Veja, a seguir algumas das mais populares:
- camomila;
- gengibre;
- equinácea;
- valeriana;
- erva de São João;
- calêndula;
- cúrcuma;
- sálvia;
- menta;
- alecrim;
- chá verde;
- dente de leão.
A lista é muito mais extensa do que isso, sendo que a grande variedade de plantas medicinais que já são conhecidas contribui para o tratamento natural de diversas condições. Por isso, é interessante conversar com um profissional caso você deseje cuidar da sua saúde explorando essa prática integrativa.
Afinal, a fitoterapia aproveita o que a natureza entrega, logo, é uma forma sustentável de cuidado. Compreender como ela funciona e utilizá-la da maneira adequada pode fazer a diferença no seu bem-estar, proporcionando mais qualidade de vida. Com a abordagem certa, a fitoterapia pode ser uma aliada na busca por uma vida mais saudável.
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