O glaucoma é uma doença ocular causada pelo aumento da pressão dentro dos olhos. Essa condição provoca danos gradativos ao nervo óptico. Assim, com o passar do tempo, desencadeia diversos sintomas, como dor, visão embaçada, fotofobia e perda da visão lateral.
É importante saber que o glaucoma pode levar à cegueira total, e o que mais gera preocupação é o fato de ser uma doença silenciosa. Por isso, é importante fazer consultas regulares com oftalmologista para realizar um checkup e monitorar a saúde da visão.
Como esse problema é assintomático, todos precisam estar alerta, em especial quando há fatores de risco. Pensando nisso, preparamos este conteúdo para você se informar melhor sobre o assunto. Continue lendo para conhecer essa doença, suas causas, sintomas, tipos, fatores de risco e formas de prevenção.
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença que se caracteriza por alterações no nervo óptico. As fibras nervosas sofrem danos que fazem com que fiquem cada vez mais frágeis. Com o avanço do problema, a saúde dos olhos é comprometida e há perda gradativa do campo visual.
Como dito na introdução, esse problema costuma ser assintomático, principalmente nas fases iniciais. Os danos ao nervo estão acontecendo, mas a pessoa não sente nenhum tipo de alteração.
Porém, conforme o quadro se torna mais avançado, os problemas começam a surgir. Sem tratamento, o glaucoma leva à cegueira porque os danos são irreversíveis.
Vale ressaltar que, atualmente, essa é uma das principais causas de cegueira. A doença afeta mais de 2,5 milhões de brasileiros. Embora ainda não tenha cura, existe tratamento para reduzir o avanço do problema e evitar a perda total da visão.
O que causa glaucoma?
Como existem diferentes tipos de glaucoma, as causas desse problema também podem variar. De toda forma, quase sempre o problema está associado ao aumento da pressão intraocular, mas isso não é necessariamente a causa da lesão nos nervos.
A predisposição genética está muito relacionada ao quadro. Mas a pressão alta é um fator e outras condições também estão associados, como:
- uso de corticoides;
- realização de cirurgias oculares;
- outras doenças que afetam a visão, como retinopatia diabética, oclusão venosa e uveíte.
Sintomas do glaucoma
Uma pessoa pode conviver com o glaucoma por meses ou até mesmo anos sem manifestar sintomas. Por isso ele é considerado uma doença silenciosa. Mas quando os danos ao nervo óptico passam a ser significativos, começam a ocorrer os principais sinais, que são:
- dor nos olhos;
- dor de cabeça;
- visão embaçada;
- lacrimejamento;
- vermelhidão nos olhos;
- sensibilidade à luz;
- perda da visão lateral;
- ver arcos em volta das luzes;
- náuseas e vômitos.
Quais são os tipos de glaucoma?
Como dito, existem diferentes tipos de glaucoma. A seguir apresentamos as características deles. Acompanhe.
Glaucoma primário de ângulo aberto
Também é conhecido como glaucoma crônico simples. Essa é a forma mais comum de manifestação da doença. O ângulo de drenagem que se forma pela íris e a córnea continua aberto, mas há um bloqueio parcial da malha trabecular, o que causa aumento gradativo da pressão e danos ao nervo óptico.
Glaucoma agudo
Pode ser chamado, também, de glaucoma de ângulo fechado. Há uma projeção da íris, que estreita ou bloqueia o ângulo por onde acontece a drenagem dos fluidos no globo ocular. Eles não circulam, o que leva a um aumento da pressão. Essa condição se manifesta de maneira repentina, por isso, é um problema emergencial.
Glaucoma congênito
É uma condição rara relacionada a problemas no desenvolvimento ocular em crianças. Ou seja, não tem relação com hábitos, alimentação ou outras doenças. Em função de um defeito anatômico, a drenagem do humor aquoso não acontece como deveria. Isso provoca aumento da pressão intraocular, além de danos às células da retina.
Glaucoma secundário
É uma consequência de outras condições clínicas do paciente, ou de determinados fatores. Assim, ocorre por causa de diabetes, lesões físicas no olho, inflamação ocular, uso de medicamentos, catarata ou algumas cirurgias.
Como é feito o diagnóstico do glaucoma?
Não é possível identificar o glaucoma pelos sintomas, já que eles podem não estar presentes. De toda forma, quando ocorrem, ajudam na suspeita, em especial quando associado ao histórico do paciente e da família dele.
O oftalmologista solicita exames para avaliar a pupila e o interior dos olhos. Checa a pressão intraocular e solicita avaliações mais específicas para conferir as condições do nervo óptico. Assim podem ser solicitados procedimentos como:
- tonometria;
- oftalmoscopia;
- gonioscopia;
- perimetria;
- biomicroscopia de fundo;
- prova de sobrecarga hídrica; e outros
Quais são os fatores de risco?
Pessoas de qualquer idade podem desenvolver glaucoma. Entretanto, ele é mais comum a partir dos 40 anos. Além dos fatores genéticos associados, o risco também é aumentado em casos de:
- histórico familiar de glaucoma;
- ter doenças nos olhos;
- problemas cardíacos;
- hipertensão arterial;
- diabetes;
- hipertireoidismo;
- uso de corticosteróides.
Vale ressaltar que, como o glaucoma pode se desenvolver como problema secundário, é importante cuidar da saúde geral. Um quadro de estresse, por exemplo, tende a elevar a pressão arterial e desequilibrar o organismo como um todo. Isso pode se refletir na saúde dos olhos.
Como prevenir o glaucoma?
Existem várias medidas que você pode adotar para cuidar melhor da saúde dos seus olhos e evitar o glaucoma. Até mesmo fugir do sedentarismo ajuda nesse processo. Veja outras ações eficazes.
Realize consultas oftalmológicas
O acompanhamento com o oftalmologista é essencial para identificar os primeiros sintomas de qualquer problema na visão e iniciar um tratamento precoce. No caso do glaucoma, isso é ainda mais importante porque a pessoa pode conviver com a doença sem perceber que ela está ali.
Informe-se sobre o histórico de saúde ocular familiar
Você viu que existem mais riscos de ter glaucoma quando há casos na família. Portanto, é interessante se informar sobre isso para fazer um acompanhamento oftalmológico ainda mais rigoroso. Assim é possível identificar os primeiros sinais da doença para evitar que ela se agrave.
Pratique exercícios físicos de forma segura
A prática de exercícios e atividades físicas ajuda a prevenir as condições que causam glaucoma secundário. Isso vai manter o peso corporal saudável, controlar a hipertensão arterial e reduzir a taxa de glicose no sangue, preservando a saúde dos olhos.
Utilize os colírios prescritos de maneira consistente
No caso de pessoas que têm a pressão intraocular elevada, é preciso fazer o tratamento correto dessa condição. Os colírios prescritos pelo especialista devem ser utilizados exatamente como recomendado para manter o problema sob controle e evitar os danos ao nervo óptico.
Não se esqueça de que o glaucoma é uma doença que se manifesta de maneira silenciosa. Então, adote cuidados com a sua saúde e não deixe de consultar o oftalmologista regularmente para monitorar os seus olhos.
Aproveite para conferir neste material algumas práticas para ter mais qualidade de vida e manter hábitos saudáveis.
