A Síndrome de Asperger é um distúrbio neurobiológico que integra o Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo considerada uma manifestação mais leve do autismo.
Em resumo, as pessoas diagnosticadas com essa síndrome apresentam alterações no desenvolvimento que afetam a maneira como elas interagem, se comunicam e expressam sentimentos e emoções.
A partir de agora, convidamos você a compreender melhor a Síndrome de Asperger, suas principais características, além de estratégias para apoiar aqueles que vivem com o transtorno. Vamos juntos?
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O que é síndrome de Asperger?
A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico que se enquadra dentro da categoria transtornos do neurodesenvolvimento.
Trata-se, portanto, de uma condição que impacta os processos iniciais do desenvolvimento cerebral, afetando as funções cognitivas, comportamentais e de comunicação.
Diferença entre síndrome de Asperger e autismo
É bastante comum que ambos os conceitos sejam apresentados de forma intercambiada. Afinal, a síndrome de Asperger é uma variação dentro do espectro autista.
O TEA, em geral, é um transtorno do desenvolvimento do cérebro que pode se manifestar de diferentes formas e com variados níveis de intensidade. A síndrome de Asperger, por sua vez, é considerada uma forma mais branda de autismo.
Neste caso, os desafios em áreas como comunicação, interação social e comportamento também estão presentes, porém, de modo muito mais leve.
Outra diferença significativa é que, no Asperger há uma maior preservação das habilidades cognitivas e linguísticas. Inclusive, há estudos que apontam a relação entre essa síndrome e a superdotação.
Quais os principais sintomas da síndrome de Asperger
Falar sobre os sintomas da síndrome de Asperger é, acima de tudo, entender como funciona a mente das pessoas diagnosticadas com essa condição.
Embora os sintomas variem de pessoa para pessoa, existem alguns padrões considerados comuns, tais como:
- Dificuldade para interagir, iniciar e manter conversas, e entender ordens sociais (como piadas, sarcasmo e expressões faciais);
- Comportamentos repetitivos, inclusive em relação à rotina;
- Interesses intensos e altamente focados;
- Dificuldade para compreender e expressar as próprias emoções, assim como lidar com as emoções de outras pessoas;
- Hipersensibilidade a estímulos como sons, luzes e texturas.
Desafios e dificuldades comuns
Os sintomas mencionados acima também podem trazer desafios emocionais, que impactam a saúde mental do indivíduo.
A dificuldade em lidar com mudanças e interações sociais, bem como de gerenciar os próprios sentimentos, pode gerar altos níveis de ansiedade.
Além disso, o preconceito que ainda permeia o Transtorno do Espectro Autista (TEA) tende a dificultar a inclusão dessas pessoas em diferentes esferas da sociedade, como escola e mercado de trabalho.
Esse estigma, muitas vezes baseado na falta de informação ou compreensão, costuma resultar em barreiras sociais, prejudicando a adaptação e a participação plena dessas pessoas na vida comunitária.
Como é feito o diagnóstico da síndrome de Asperger
O diagnóstico da síndrome de Asperger, assim como de outros tipos de autismo, não é um processo tão simples e pode levar certo tempo.
Ao contrário de condições de origem física, em que exames de imagem ou testes laboratoriais podem ser utilizados, a investigação da síndrome de Asperger é baseada em observações clínicas e no histórico de desenvolvimento do paciente.
As principais etapas envolvidas são:
- Perguntas detalhadas sobre o comportamento do paciente, suas interações sociais, comunicação e padrões de interesse;
- Consideração de relatos dos pais, professores e outros responsáveis que convivem diretamente com a pessoa;
- Análise de como o paciente se comporta em situações cotidianas, especialmente nas interações sociais;
- Uso de ferramentas de avaliação padronizadas.
Entre os profissionais que estão aptos a confirmar o diagnóstico, destacam-se pediatras, psicólogos infantis e neuropsicólogos.
Causas e fatores de risco da síndrome de Asperger
Uma das complexidades em torno desse transtorno é que a sua causa exata ainda está em investigação.
Porém, os estudos mais recentes sugerem que tanto fatores genéticos quanto os ambientais desempenham papéis importantes no desenvolvimento da condição.
Qual é o tratamento da síndrome de Asperger?
A síndrome de Asperger não tem cura. Mas, com um tratamento multidisciplinar adequado, que olhe para a saúde integral, é possível ajudar os pacientes a melhorarem suas habilidades sociais, emocionais e comportamentais.
Em geral, adota-se uma abordagem individualizada, que envolve a colaboração de diferentes profissionais, como psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos e pedagogos. Tudo dependerá da necessidade de cada pessoa.
Como apoiar pessoas com síndrome de Asperger
Se você chegou até aqui, é sinal de que já deu o primeiro passo para apoiar pessoas com síndrome de Asperger: buscar conhecimento sobre o transtorno.
A compreensão das necessidades específicas dessas pessoas é fundamental para criar ambientes cada vez mais acolhedores e respeitosos.
Se você convive com alguém que possui a síndrome de Asperger e deseja ir além, aqui estão algumas sugestões:
- Ajude a criar um ambiente estruturado e previsível, com rotinas claras, para ajudar a reduzir a ansiedade.
- Seja paciente e compreensivo com os desafios sociais e de comunicação que podem surgir.
- Realize doações para entidades que apoiam a causa, contribuindo para a conscientização e o apoio às pessoas com Asperger.
- Compartilhe informações com seus familiares, amigos, colegas e educadores sobre a condição, a fim de construir uma rede de apoio;
- Apoie no gerenciamento da ansiedade e do estresse, oferecendo estratégias de relaxamento e incentivando a busca por ajuda profissional, se necessário.
- Celebre os sucessos e conquistas, reconhecendo cada pequeno progresso!
Considerações finais
Entender as características da Síndrome de Asperger, dificuldades e formas de apoio é o caminho para a construção de uma sociedade mais inclusiva e empática.
Ao se aprofundar nesse tema, você se torna parte de um movimento que busca quebrar barreiras e promover o respeito e a compreensão.
Esperamos que as informações apresentadas até aqui tenham contribuído para o seu entendimento sobre essa condição e, acima de tudo, para a redução dos estigmas que ainda cercam o TEA.
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